sábado, 5 de fevereiro de 2011

Reportagem SPTV do dia 02/02/2011

Reportagem SPTV do dia 02/02/2010


SP inicia obras de conjunto habitacional na região da Berrini

Prédios vão abrigar mais de 200 famílias em apartamentos de dois quartos.
Terreno fica em área nobre da Zona Sul da capital paulista.

Após três anos de espera, a Prefeitura de São Paulo deu início a uma das maiores obras de urbanização da capital em um terreno da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, na região do Brooklin, área nobre da Zona Sul, onde existia a favela do Jardim Edite. No local será construído um conjunto habitacional para mais de 200 famílias.

O conjunto terá apartamentos com cerca de 50 metros quadrados, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Serão distribuídos em um pavilhão de cinco andares, em três torres, com 16 andares e elevadores. O projeto prevê ainda unidades de saúde, creche e um restaurante-escola. A obra de R$ 40 milhões deve terminar em junho do ano que vem.

Contudo, a retirada dos moradores ainda não terminou. Pelo menos quatro famílias provaram ser donas de parte do terreno e querem uma indenização maior do que a oferecida pela Prefeitura. A briga está na Justiça.

Os vizinhos à obra também reclamam que vender ou alugar as casas ficou bem mais difícil. As casas não foram desapropriadas, mas a Prefeitura mudou as regras de ocupação da área que passou a ser considerada zona especial de interesse social.

“Infelizmente eu estou impedida de alugar, fazer alguma coisa comercial por causa do zoneamento que a Prefeitura decretou aqui”, reclama Lídia Montresol, auxiliar de farmácia.

A Prefeitura de São Paulo informou que não vai voltar atrás sobre a decisão que mudou as regras de zoneamento para as casas em frente à obra. Por isso, novos prédios e imóveis comerciais continuam proibidos.

Ocupação O terreno era ocupado por 800 famílias da antiga favela do Jardim Edite. Em 2005, a área começou a ser desocupada para a construção da Ponte Octavio Frias de Oliveira. A retirada dos moradores foi acelerada por causa de um incêndio, há três anos.

As famílias foram indenizadas com dinheiro para voltar para a terra natal ou comprar outro imóvel. Mas nem todos os moradores aceitaram as opções. Eles têm escritura e comprovaram ser donos.

Segundo os moradores, a prefeitura ofereceu R$ 1 mil por metro quadrado. Para eles, o preço de mercado é bem mais alto - R$ 8 mil. A Secretaria de Habitação afirmou, em nota, que espera a decisão final e que vai “acatar a determinação e pagar o valor estipulado pela Justiça”

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